O ouro, a prata e a platina encerraram a sessão desta terça-feira, 23, em forte alta, renovando máximas históricas e estendendo o rali do dia anterior. O movimento ocorre em meio ao enfraquecimento do dólar, tensões geopolíticas persistentes e expectativa de queda nas taxas de juros de longo prazo.

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro fechou com valorização de 0,81%, cotado a US$ 4.505,70 por onça-troy. A prata para março avançou 3,75%, atingindo US$ 71,137 por onça-troy — primeira vez que ultrapassa a marca de US$ 70. Já a platina para janeiro saltou 9,5%, a US$ 2.287,40, também em novo recorde.

Os metais preciosos ampliaram os ganhos da sessão anterior, mantendo a tendência de alta diante da continuidade do dólar enfraquecido e das expectativas de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, segundo análise da Pepperstone. Embora o mercado projete manutenção das taxas pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião, são esperados ao menos dois cortes em 2026, conforme a Exness.

Nesta terça-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA registrou alta acima do esperado, enquanto o índice de preços de gastos com consumo também subiu. Diante disso, a ferramenta do CME Group indica que o mercado projeta o primeiro corte de juros de 2026 para abril.

De acordo com a Pepperstone, o ouro negociado na faixa de US$ 4.500 reflete “um novo patamar de conforto do mercado com preços mais elevados”. Já o RHB Retail Research destaca que o metal está entrando em “território inexplorado”.

As tensões geopolíticas seguem influenciando o mercado de metais preciosos. Os Estados Unidos ampliaram investimentos militares diante do aumento das tensões com a Venezuela, enquanto Rússia e Ucrânia continuam em conflito, apesar das negociações para um acordo de paz.

Com informações de Dow Jones Newswires