Ibovespa avança impulsionado por dividendos, recompra de ações e dados positivos dos EUA
Índice sobe mais de 1% com movimento de rotação de portfólio, anúncios de recompra e expectativas sobre juros americanos após PIB acima do esperado nos EUA.
O Ibovespa iniciou esta terça-feira, 23, em alta, impulsionado por recomposição de posições, rotação global de portfólio e anúncios recorrentes de recompra de ações e pagamento antecipado de dividendos, conforme operadores do mercado. Logo após a abertura, o índice registrava avanço de 0,27%, aos 158.564,64 pontos, e ganhou força ao longo da manhã, atingindo a máxima intradia de 159.811,00 pontos, com alta de 1,06% por volta das 11h10.
O principal catalisador desse movimento foi o desempenho da economia dos Estados Unidos. O Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu a uma taxa anualizada de 4,3% no terceiro trimestre de 2025, superando a mediana das projeções dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava para 3,3%. O resultado também ficou acima do crescimento de 3,8% do segundo trimestre e representou a primeira leitura oficial após o maior shutdown da história do país. O dado era aguardado por investidores em busca de sinais sobre a saúde da economia americana e a trajetória dos juros do Federal Reserve (Fed).
A divulgação reforçou a percepção de um cenário de "soft landing" para a economia dos EUA, reduzindo temores de uma desaceleração mais intensa.
De acordo com Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos, o desempenho mais benigno da atividade nos Estados Unidos fortalece a expectativa de cortes de juros pelo Fed no próximo ano, o que tende a favorecer o fluxo global para mercados emergentes. Nesse contexto, o Brasil se destaca tanto pelo diferencial de juros reais quanto pelo perfil mais atrelado a commodities, além do Ibovespa ainda negociar com desconto em dólar.
No cenário político, o cancelamento da entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro ao portal Metrópoles contribuiu para reduzir a volatilidade no mercado.
Além disso, o ministro do STF Alexandre de Moraes divulgou nota esclarecendo que os encontros com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ocorreram no contexto das consequências da aplicação da Lei Magnitsky, sem relação com o caso do Banco Master.
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