O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (22) que o país necessita da Groenlândia para assegurar sua segurança nacional, citando a presença de navios russos e chineses na região.

"Precisamos da Groenlândia para segurança nacional. E se você olhar para a Groenlândia, para cima e para baixo na costa, verá navios russos e chineses por toda parte."

No domingo (21), Trump anunciou a nomeação do governador da Louisiana, Jeff Landry, como enviado especial dos Estados Unidos para a Groenlândia. Landry confirmou posteriormente a intenção dos EUA de tornar a ilha parte de seu território.

A declaração provocou reação imediata do ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, que afirmou estar "extremamente chocado" e anunciou que convocará o embaixador dos EUA em Copenhague para pedir explicações formais.

Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, Trump afirmou que as negociações de paz estão em andamento e "indo bem".

"As negociações sobre a Ucrânia e a Rússia estão progredindo", disse Trump ao ser questionado sobre as últimas atualizações. "Estamos conversando. As negociações estão indo bem."

Os Estados Unidos têm participado de diversas rodadas de negociações para buscar o fim do conflito, mas relatos sobre avanços são inconsistentes, já que Rússia e Ucrânia permanecem distantes em temas centrais.

"A questão principal é que acho que todos estão cansados dessa guerra [na Ucrânia]", acrescentou Trump.

Petro e Maduro também são alvo de críticas

Trump alertou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para "tomar cuidado" e acusou o líder colombiano de enviar cocaína aos Estados Unidos.

"[Petro] não é amigo dos Estados Unidos. Ele é muito mau, muito mau mesmo, e tem que tomar cuidado porque ele produz cocaína e a envia para os Estados Unidos da América a partir da Colômbia", afirmou Trump, ao comentar críticas de Petro à apreensão de petróleo venezuelano por Washington.

Questionado sobre se o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deveria se preocupar com ameaças dos EUA, Trump respondeu que Maduro poderia agir como quisesse, mas alertou:

"Ele [Maduro] pode fazer o que quiser. Está tudo bem, o que ele quiser fazer. Se ele quiser fazer alguma coisa, se bancar o durão, será a última vez que ele poderá bancar o durão."

Com informações da Sputnik Brasil