Petróleo fecha em alta após apreensões de petroleiros na Venezuela e novas sanções à Rússia
Tensões geopolíticas elevam preços do petróleo, impulsionados por ações dos EUA na Venezuela e sanções europeias à Rússia.
O petróleo encerrou a sessão desta segunda-feira, 22, em alta pela quarta vez consecutiva, refletindo o aumento das tensões geopolíticas globais. O movimento foi impulsionado, principalmente, pelas apreensões de petroleiros na costa da Venezuela pelos Estados Unidos e pela ampliação das sanções da União Europeia à Rússia.
O barril do petróleo WTI para fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), avançou 2,63% (US$ 1,49), fechando a US$ 58,01. Já o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), teve alta de 2,55% (US$ 1,53), encerrando a US$ 61,58.
Os preços subiram mais de 2% durante a tarde, após novas apreensões de petroleiros venezuelanos no fim de semana pelo governo de Donald Trump, ação amplamente criticada pela China. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês classificou a apreensão como "arbitrária" e uma "grave violação do direito internacional".
Segundo Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING, as principais dúvidas agora são sobre a eficácia e a duração desse bloqueio, fatores que determinarão o impacto no mercado de petróleo.
Apesar das negociações mediadas pelos EUA na Flórida para um possível acordo de paz entre Ucrânia e Rússia, o Conselho Europeu anunciou hoje a prorrogação, por mais seis meses, das sanções econômicas à Rússia. Na madrugada, forças ucranianas atacaram um terminal de petróleo, um oleoduto, dois jatos estacionados e dois navios em solo russo, de acordo com autoridades. A morte de um alto general russo em um atentado a bomba em Moscou levantou suspeitas de envolvimento de Kiev.
O Société Générale projeta que, para 2026, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderá mudar sua postura ao longo do segundo trimestre, iniciando a retirada de barris do mercado.
Com informações da Dow Jones Newswires