CONFLITO INTERNACIONAL

UE prorroga sanções econômicas contra a Rússia até julho de 2026

Medidas restritivas abrangem setores como energia, finanças e transporte, visando pressionar Moscou a cessar ações na Ucrânia.

Publicado em 22/12/2025 às 11:06
União Europeia Reprodução

O Conselho Europeu anunciou nesta segunda-feira a prorrogação, por mais seis meses, das sanções econômicas impostas à Rússia em razão da guerra contra a Ucrânia. De acordo com comunicado da União Europeia (UE), as medidas restritivas foram renovadas até 31 de julho de 2026, diante das ações contínuas de Moscou que "desestabilizam a situação na Ucrânia".

As sanções econômicas, introduzidas originalmente em 2014 e ampliadas de forma significativa desde fevereiro de 2022, foram adotadas em resposta à "agressão militar não provocada, injustificada e ilegal da Rússia contra a Ucrânia". O comunicado detalha que as medidas abrangem um amplo espectro de restrições setoriais, incluindo comércio, finanças, energia, tecnologia, bens de uso duplo, indústria, transporte e artigos de luxo.

Entre as restrições, destaca-se a proibição da importação ou transferência para a UE de petróleo bruto transportado por via marítima e de determinados produtos petrolíferos originários da Rússia. Também foi mantida a exclusão de vários bancos russos do sistema SWIFT e a suspensão das atividades e licenças de radiodifusão na UE de veículos "apoiados pelo Kremlin", considerados disseminadores de desinformação. O comunicado ainda menciona "medidas específicas que permitem à UE combater a evasão de sanções".

O Conselho Europeu afirmou que, "enquanto as ações ilegais da Rússia continuarem a violar regras fundamentais do direito internacional", incluindo a proibição do uso da força, "é apropriado manter em vigor todas as medidas impostas e adotar adicionais, se necessário".

Desde 24 de fevereiro de 2022, a UE já aprovou diversos pacotes de sanções em resposta à invasão em larga escala da Ucrânia e reforçou que o bloco "permanece pronto para intensificar a pressão sobre a Rússia, inclusive por meio da adoção de novas sanções".