SEGURANÇA PÚBLICA

Suspeito de ataque em Bondi é transferido do hospital para prisão na Austrália

Naveed Akram, acusado de terrorismo e 15 homicídios, deixa hospital sob custódia policial após ataque que chocou o país.

Publicado em 22/12/2025 às 10:38
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial Nano Banana (Google Imagen)

A polícia australiana transferiu nesta segunda-feira, 22, o único suspeito sobrevivente do ataque a tiros em Bondi do hospital para a prisão, conforme comunicado oficial.

Naveed Akram, de 24 anos, estava internado sob custódia policial e responde a múltiplas acusações, incluindo terrorismo e 15 homicídios.

O ataque ocorreu em 14 de dezembro, quando Sajid Akram, de 50 anos, e seu filho Naveed abriram fogo contra uma multidão na Bondi Beach durante a celebração judaica de Hanukkah. Sajid foi morto pela polícia no local, enquanto Naveed sobreviveu após ser baleado. As autoridades afirmam que os suspeitos agiram motivados por uma ideologia ligada ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Considerado um dos ataques mais letais na Austrália em quase três décadas, o episódio chocou o país. Entre as vítimas estão uma menina de 10 anos e Alex Kleytman, sobrevivente do Holocausto de 87 anos, que morreu ao tentar proteger a esposa. Uma semana após o atentado, foi realizado um dia nacional de luto, com um minuto de silêncio, bandeiras a meio mastro e vigílias em várias cidades.

Cerca de 20 mil pessoas se reuniram em Bondi Beach para homenagear as vítimas e demonstrar solidariedade à comunidade judaica. O primeiro-ministro Anthony Albanese participou da vigília usando uma quipá, mas foi vaiado por parte do público e não discursou. O ataque reacendeu críticas quanto ao combate ao antissemitismo no país.

Após o massacre, o governo anunciou uma revisão dos serviços de polícia e inteligência e prometeu endurecer as leis contra crimes de ódio e posse de armas. O episódio também destacou relatos de coragem, como o de banhistas que enfrentaram os atiradores para proteger outras pessoas e socorrer feridos, alimentando o debate nacional sobre segurança e extremismo.