DESPEDIDA

Jornalismo alagoano se despede de Joaquim Alves, referência na editoria de cultura

Cineasta, produtor cultural e jornalista atuou nos principais veículos do estado e marcou gerações a partir dos anos 1980

Publicado em 22/12/2025 às 08:15
Jornalista Joaquim Alves Reprodução

O jornalismo alagoano amanheceu de luto nesta segunda-feira (22) com a morte do jornalista Joaquim Alves, aos 76 anos. Reconhecido por sua trajetória sólida e pela contribuição expressiva à editoria de cultura, ele construiu uma carreira marcada pelo compromisso com a informação, a valorização das artes e o fortalecimento da cena cultural em Alagoas.

Joaquim Alves atuou como editor de cadernos de cultura em praticamente todos os grandes veículos de comunicação do estado, tornando-se uma referência para colegas de profissão e para leitores interessados em cinema, literatura, música e manifestações artísticas em geral. Seu olhar atento e crítico ajudou a dar visibilidade a artistas locais e a consolidar espaços dedicados à produção cultural alagoana dentro da imprensa.

Além do jornalismo, Joaquim também teve atuação destacada como cineasta e produtor cultural, transitando com naturalidade entre diferentes linguagens artísticas. Essa experiência plural contribuiu para que sua abordagem editorial fosse marcada pela sensibilidade, profundidade e contextualização, características que se tornaram sua marca registrada ao longo das décadas.

Ele iniciou a carreira profissional no início dos anos 1980, período em que passou por redações importantes como o Jornal de Alagoas, Tribuna de Alagoas e Gazeta, veículos nos quais deixou sua assinatura editorial e ajudou a formar novos profissionais. Ao longo dos anos, acompanhou transformações significativas no jornalismo, mantendo-se fiel aos princípios da ética, da apuração cuidadosa e da valorização do conteúdo cultural.

O sepultamento de Joaquim Alves está marcado para as 17h desta segunda-feira, no cemitério Parque das Flores. Sua morte deixa uma lacuna no jornalismo e na cultura alagoana, mas seu legado permanece vivo nas páginas que editou, nas histórias que contou e na memória de quem conviveu com seu trabalho.