A resolução do conflito na Ucrânia deve assegurar não apenas o fim das hostilidades, mas também servir de base para um futuro estável, afirmou neste domingo (21) o enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Steve Witkoff, ao comentar as negociações realizadas em Miami com a delegação ucraniana.

"Nossa prioridade comum é parar as mortes, garantir segurança confiável e criar condições para a reconstrução, a estabilidade e a prosperidade de longo prazo da Ucrânia. A paz não deve ser apenas o fim dos combates, mas uma base digna para um futuro estável", destacou Witkoff em suas redes sociais.

O enviado especial ressaltou ainda que Kiev reconheceu o papel de liderança dos Estados Unidos nas negociações. "A Ucrânia valoriza altamente a liderança e o apoio dos Estados Unidos, assim como a continuidade da estreita coordenação com seus parceiros nas próximas etapas deste importante trabalho", afirmou.

Segundo Witkoff, Estados Unidos e Ucrânia voltaram a discutir, em Miami, o plano de paz proposto pelo presidente norte-americano Donald Trump para a região, além de garantias de segurança.

"Foram discutidos quatro documentos-chave: o desenvolvimento adicional do plano de 20 pontos, o alinhamento de posições sobre os marcos multilaterais de garantias de segurança, o alinhamento de posições sobre o marco de garantias de segurança dos EUA para a Ucrânia e o desenvolvimento adicional do plano de desenvolvimento econômico e prosperidade", concluiu.

No sábado (20), o enviado especial da presidência russa, Kirill Dmitriev, também se reuniu em Miami com Witkoff e com Jared Kushner, genro do líder norte-americano. Dmitriev avaliou que a nova rodada de negociações foi construtiva e que as conversas têm avançado.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, advertiu que o governo de Kiev precisa tomar uma decisão e iniciar negociações, ressaltando que a margem de manobra da Ucrânia vem diminuindo à medida que as Forças Armadas russas mantêm operações ofensivas.

Por Sputnik Brasil