OPERAÇÃO INTERNACIONAL

Navio interceptado pelos EUA é petroleiro de bandeira panamenha e vinha sendo rastreado

Petroleiro Centuries, com dois milhões de barris de petróleo bruto, foi apreendido em ação conjunta da Guarda Costeira e Marinha dos EUA em águas venezuelanas.

Publicado em 20/12/2025 às 20:20
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial Nano Banana (Google Imagen)

O navio interceptado pelos Estados Unidos em águas venezuelanas nesta quarta-feira (17) é um petroleiro de bandeira panamenha que estava atracado na Venezuela, segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem.

"A Guarda Costeira dos EUA, com o apoio do Departamento de Guerra, apreendeu um petroleiro que estava atracado na Venezuela", afirmou Noem em publicação nas redes sociais, descrevendo a operação como "uma ação ao amanhecer".

Outros oficiais norte-americanos informaram que a Marinha também participou da operação. Um vídeo divulgado junto à declaração de Noem mostra uma pessoa descendo por uma corda de um helicóptero para o convés do petroleiro Centuries.

O navio havia carregado petróleo bruto no terminal de Jose, na Venezuela, após navegar pelo Caribe. Desde 11 de dezembro, a embarcação estava totalmente carregada com dois milhões de barris de petróleo bruto. Nos dias seguintes, imagens de satélite indicaram que o barco navegava ao largo de Granada, em rota para a Ásia.

O Centuries foi rastreado pela primeira vez transportando petróleo venezuelano para a China em abril de 2020 e já esteve envolvido em transferências de carga entre navios na Malásia. Não está claro se os EUA pretendem tomar posse do navio e de sua carga, como planejado anteriormente com o petroleiro Skipper.

"Os Estados Unidos continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado que é usado para financiar o narcoterrorismo na região", declarou Noem. "Nós vamos te encontrar e vamos te parar."

Um alto funcionário do governo norte-americano afirmou que a estratégia da administração é apreender mais petroleiros, com exceção daqueles fretados pela Chevron, que possui licença dos EUA para operar na Venezuela. Ele acrescentou que Marinha e Guarda Costeira já identificaram outros navios suspeitos.

Esta foi a segunda ação semelhante dos EUA nas últimas semanas e ocorreu após o presidente Donald Trump anunciar, na última terça-feira (16), um "bloqueio total e completo" contra petroleiros entrando ou saindo da Venezuela sob sanções dos EUA.

Fonte: Dow Jones Newswires