CÚPULA DO MERCOSUL

Argentina e mais cinco países cobram democracia na Venezuela; Brasil fica de fora

Comunicado assinado por líderes da Argentina, Paraguai, Panamá, Bolívia, Equador e Peru pede respeito aos direitos humanos e restauração democrática na Venezuela.

Publicado em 20/12/2025 às 18:17
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial Nano Banana (Google Imagen)

Presidentes da Argentina, Javier Milei, do Paraguai, Santiago Peña, e do Panamá, José Raúl Mulino, divulgaram neste sábado, 20, um comunicado conjunto manifestando “profunda preocupação com a grave crise migratória, humanitária e social na Venezuela” e solicitando o restabelecimento da democracia no país.

O documento também leva a assinatura do ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Fernando Aramayo, e de altas autoridades do Equador e do Peru. Todos participaram, mais cedo, da 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada em Foz do Iguaçu (PR).

No texto, os signatários “instaram as autoridades venezuelanas a cumprirem as normas internacionais sobre a matéria, a libertarem imediatamente e a garantirem o devido processo legal e a integridade física de todos os cidadãos arbitrariamente privados de sua liberdade”.

A carta evidencia o aprofundamento das divisões internas no Mercosul em relação à Venezuela. O comunicado oficial do bloco não mencionou o país, que está suspenso da união aduaneira desde 2016.

Mais cedo, no encerramento da cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou para os riscos de uma intervenção externa na Venezuela. Em contrapartida, Javier Milei apoiou a pressão militar dos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro.

Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia são Estados Partes do Mercosul. Equador, Panamá e Peru participam como Estados Associados.