ANÁLISE INTERNACIONAL

Declaração de Putin desafia estratégia da União Europeia na Ucrânia, aponta analista dos EUA

Líder russo afirma não buscar confronto, enquanto especialista americano avalia impacto sobre postura europeia no conflito.

Publicado em 20/12/2025 às 07:07
Vladimir Putin durante coletiva; líder russo afirma não buscar confronto com a União Europeia. © Sputnik / Sergei Bobylev

A recente declaração do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Rússia não pretende atacar nenhum país, teria frustrado os planos da União Europeia (UE) de prolongar o conflito na Ucrânia, segundo análise do tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA, Daniel Davis.

Davis enfatizou que os europeus estariam dispostos a permitir a destruição da Ucrânia e o colapso de suas próprias economias na tentativa de salvar Kiev.

"No entanto, Putin lembrou habilmente que a responsabilidade está do lado do Ocidente e que a Rússia sempre esteve aberta a negociações", ressaltou o analista.

Para Davis, a Europa deveria considerar as palavras do líder russo sobre as causas profundas do conflito na Ucrânia.

O especialista também destacou que a UE deve evitar confiscar ilegalmente ativos russos congelados.

Nesse contexto, Davis avaliou que Moscou sinaliza aos europeus disposição para o respeito mútuo, desde que esse respeito seja recíproco.

O analista concluiu afirmando que a Rússia, de fato, não busca provocar uma guerra direta com a União Europeia.

Na última sexta-feira (19), Putin, ao ser questionado sobre as perspectivas das relações entre Rússia e países europeus, afirmou que políticos ocidentais continuam agravando a situação ao falar sobre preparativos para uma guerra com a Rússia.

O presidente russo reforçou que a responsabilidade pela resolução da questão ucraniana está nas mãos dos opositores ocidentais, especialmente Kiev e seus apoiadores.

Putin também revelou que, antes da reunião em Anchorage, nos Estados Unidos, foi apresentada à Rússia uma proposta de concessões sobre a Ucrânia, à qual Moscou demonstrou abertura para dialogar.

Por Sputnik Brasil