INOVAÇÃO AERONÁUTICA

Carro voador brasileiro realiza primeiro voo em fase crucial de testes

Protótipo da Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, inicia etapa decisiva para certificação e operação comercial.

Publicado em 20/12/2025 às 00:31
Protótipo do carro voador da Eve Air Mobility realiza voo inaugural em Gavião Peixoto (SP). © Foto / Divulgação / Embraer X

O protótipo do carro voador brasileiro, desenvolvido pela Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, realizou seu primeiro voo nesta sexta-feira (19), na planta industrial da fabricante em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, onde está localizada a maior pista de aviação do hemisfério sul.

Este voo inaugural marca o início de uma fase de testes voltada à avaliação da integração dos oito propulsores, ao gerenciamento de energia e aos níveis de ruído emitidos pela aeronave, segundo informações da empresa.

De acordo com a Eve, o desempenho do protótipo atendeu às expectativas estabelecidas para esta etapa. A empresa planeja fabricar seis unidades de teste e realizar novos voos nos próximos meses, ampliando progressivamente o envelope operacional. A previsão é que os voos totalmente livres ocorram a partir de 2026.

Os veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, conhecidos como eVTOLs ou carros voadores, possuem capacidade para cinco pessoas — quatro passageiros e um piloto — e autonomia estimada de 100 quilômetros, voltada para deslocamentos de curta distância. Atualmente, a Eve acumula cerca de 3 mil encomendas para o modelo.

A entrada em operação dos veículos ainda depende da certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As aeronaves estão sendo produzidas em Taubaté (SP), em uma unidade industrial com capacidade para fabricar até 480 aeronaves por ano.

Segundo a primeira previsão global divulgada pela Eve para o mercado de eVTOLs, estima-se a produção de 30 mil unidades até 2045, movimentando um mercado de US$ 280 bilhões (aproximadamente R$ 1,554 trilhão).

O relatório destaca forte demanda na Ásia, crescimento na América Latina e potencial inédito na África.

Por Sputinik Brasil