TENSÃO INTERNACIONAL

Pequim critica estratégia dos EUA e diz que narrativa de 'ameaça chinesa' visa minar soberania

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês afirma que novo plano de segurança dos EUA interfere nos assuntos internos do país asiático e prejudica relações bilaterais.

Publicado em 19/12/2025 às 23:12
Porta-voz chinês critica estratégia dos EUA e defende soberania e interesses da China em coletiva. © AP Photo / Andy Wong

A China criticou a Nova Estratégia de Segurança dos Estados Unidos, acusando Washington de insistir na chamada "ameaça chinesa" para interferir em sua política interna. A declaração foi feita nesta sexta-feira (19) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun.

Durante coletiva de imprensa, Jiakun afirmou que o governo chinês se opõe às afirmações contidas no novo plano de segurança norte-americano, divulgado recentemente.

Segundo o porta-voz, a narrativa sobre a "ameaça chinesa" serve para "interferir nos assuntos internos da China, minar sua soberania, segurança e o desenvolvimento de seus interesses".

"A China pede aos EUA que enxerguem o desenvolvimento chinês e as relações bilaterais de modo racional e objetivo, colaborando para cumprir os importantes acordos firmados pelos dois presidentes em Busan, e que evitem incluir pontos negativos sobre a China em seus planos", destacou Jiakun.

A Nova Estratégia de Segurança dos EUA proíbe investimentos americanos em tecnologia chinesa e suspende contratos do governo federal com empresas chinesas de biotecnologia. O documento também prevê a destinação de US$ 1 bilhão para a Iniciativa de Cooperação em Segurança de Taiwan.

O texto, publicado em 5 de dezembro pela Casa Branca, exige ainda que a Europa assuma maior responsabilidade por sua própria defesa e aborda temas como regulamentação excessiva, imigração em massa e restrições à liberdade de expressão na União Europeia.

Por Sputnik Brasil