SEGURANÇA PÚBLICA

Operação policial na Favela do Moinho termina com suspeito morto em confronto

Ação da Polícia Militar para cumprir mandado de busca resulta em troca de tiros e morte de suspeito na região central de São Paulo.

Publicado em 19/12/2025 às 20:00
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial Nano Banana (Google Imagen)

A Polícia Militar realizou, na tarde desta sexta-feira (19), uma operação para cumprir mandado de busca e apreensão na Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo. Durante a ação, houve troca de tiros entre policiais e suspeitos; um homem foi baleado, socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo informações da corporação, até o momento não há registros de prisões ou apreensões relacionadas à operação.

A Favela do Moinho é alvo frequente de operações policiais e investigações do Ministério Público, devido à suspeita de atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no tráfico de drogas. Em 2024, Leonardo Moja, conhecido como "Léo do Moinho" e apontado como chefe do tráfico local, foi preso. No ano anterior, uma operação conjunta do Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil resultou na prisão de outros sete suspeitos, incluindo Alessandra Moja, irmã de Leonardo.

As investigações indicam que lideranças do tráfico continuam a comandar atividades criminosas a partir do sistema prisional, inclusive emitindo ordens para intimidar funcionários da CDHU e tentar impedir a saída de famílias da comunidade. A Favela do Moinho segue como área de influência do PCC e alvo recorrente de ações policiais.

O território também se tornou foco de disputa política entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governo estadual defende a desocupação do local e a transformação do espaço em um parque, enquanto o governo federal sustenta que a retirada dos moradores deve ocorrer com garantia de reassentamento e sem uso de força policial.

Em maio, União e governo de São Paulo firmaram acordo para a remoção das cerca de 900 famílias que vivem na comunidade, situada em terreno federal.