Trump anuncia acordo para reduzir preços de medicamentos nos EUA
Presidente afirma que remédios terão preços mais baixos e descarta necessidade de baixar desemprego no setor público
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (19) um acordo com grandes farmacêuticas americanas para reduzir os preços de medicamentos no país. Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump informou que os remédios também serão disponibilizados pelo Medicare e poderão ser adquiridos por meio do site TrumpRX, plataforma criada pelo governo americano para facilitar a venda direta entre empresas e consumidores.
A lista de medicamentos contemplados inclui tratamentos para gripe, hepatite, HIV, asma, entre outros.
O anúncio foi feito diante de uma plateia composta por executivos das principais empresas do setor nos EUA, como Merck, Amgen, GSK e Sanofi, além dos secretários de Comércio, Howard Lutnick, e da Saúde, Robert Kennedy Jr. Trump destacou que 14 das 17 maiores farmacêuticas estavam presentes e que "todas elas aceitaram o acordo", embora tenha apontado alguma resistência da Johnson & Johnson.
Pelo acordo, as farmacêuticas deverão adotar o critério de "nação mais favorecida", oferecendo medicamentos aos EUA pelo menor preço praticado globalmente.
Segundo Trump, o entendimento teve aceitação internacional. "Caso contrário, vamos impor tarifas", afirmou. "Me perguntaram se era uma ameaça, e eu disse que sim. Se não reduzirem os preços dos medicamentos para os EUA, vamos taxar seus produtos", completou, ressaltando que essa medida visa compensar internamente os custos.
O presidente disse ainda esperar uma redução "rápida" dos preços já em 2026. O acordo prevê também o aumento da produção industrial de fármacos em território americano. Fontes da Reuters informaram que as farmacêuticas terão tarifas reduzidas por três anos como contrapartida ao compromisso firmado.
Sobre a economia, Trump voltou a minimizar o aumento da taxa de desemprego, que atingiu 4,6% em novembro, maior nível desde 2021. "Isso ainda é um valor baixo e só aconteceu porque cortamos empregos no setor público, que continuarão a ser reduzidos", explicou. Segundo ele, é fundamental priorizar a absorção da força de trabalho pelo setor privado. "Posso reduzir a taxa de desemprego a 2%, 1% ou zerá-la contratando no setor público, mas isso não é necessário", concluiu.