Dez municípios brasileiros concentraram quase um quarto (24,5%) de toda a economia do país em 2023, segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os maiores geradores de riqueza estão: São Paulo, responsável por 9,7% do PIB nacional; Rio de Janeiro (3,8%); Brasília (3,3%); Maricá/RJ (1,2%); Belo Horizonte (1,2%); Manaus (1,2%); Curitiba (1,1%); Osasco/SP (1,1%); Porto Alegre (1,0%) e Guarulhos/SP (0,9%).

Na comparação entre 2022 e 2023, os cinco municípios que mais perderam participação no PIB nacional têm economias ligadas à exploração de petróleo: Maricá/RJ (-0,3 ponto percentual), Niterói/RJ (-0,2 ponto percentual), Saquarema/RJ (-0,2 ponto percentual), Ilhabela/SP (-0,1 ponto percentual) e Campos dos Goytacazes/RJ (-0,1 ponto percentual).

De acordo com o IBGE, esse cenário contribuiu para a desaceleração da desconcentração econômica do país. A participação dos 5.543 municípios que não são capitais caiu de 72,5% em 2022 para 71,7% em 2023, enquanto as 27 capitais aumentaram sua fatia de 27,5% para 28,3% no mesmo período. O instituto destacou que 2022 havia registrado a menor participação das capitais no PIB nacional.

O crescimento do setor de serviços foi determinante para o avanço das capitais na economia em 2023. São Paulo obteve o maior ganho de participação (0,4 ponto percentual), seguido por Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro, cada uma com acréscimo de 0,1 ponto percentual.

Em 2023, os 25 municípios mais ricos do Brasil somaram 34,2% do PIB nacional. Considerando os 70 municípios mais ricos, o percentual chegou a 47,5%. Já os 100 municípios com maior PIB responderam por 52,9% da economia brasileira.