O dólar opera em alta frente ao real, impulsionado pela valorização global da moeda e pelo aumento dos juros dos Treasuries, reflexo da elevação dos rendimentos dos títulos japoneses (JGBs) e da queda do iene. O movimento ocorre após o Banco do Japão elevar os juros de 0,50% para 0,75% ao ano, o maior patamar em três décadas, sinalizando possíveis novas altas.

No cenário doméstico, investidores avaliam os dados do setor externo e aguardam a votação do Orçamento de 2026, prevista para o meio-dia. O aumento sazonal da demanda por dólar no fim de ano, aliado a incertezas fiscais, políticas e aos ruídos nas relações entre União Europeia e Mercosul — cuja assinatura de acordo foi adiada para janeiro —, reforçam a busca defensiva pela moeda americana.

O déficit em conta corrente do Brasil foi de US$ 4,943 bilhões em novembro, resultado melhor que o esperado. O investimento direto no país (IDP) atingiu US$ 9,820 bilhões, próximo ao teto das projeções. Em 12 meses, o déficit acumulado ficou em US$ 77,733 bilhões (3,47% do PIB), o menor desde janeiro, enquanto o IDP somou US$ 84,325 bilhões (3,76% do PIB).

A Polícia Federal apreendeu R$ 430 mil em dinheiro vivo na residência do deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, durante a operação "Galho Fraco", que investiga desvios de recursos da cota parlamentar. Também investigado, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) admitiu em rede social ter feito pagamentos à empresa suspeita de irregularidades para aluguel de veículos desde o início de seu mandato.

O Tribunal de Contas da União (TCU) concedeu 72 horas para o Banco Central explicar a liquidação do Banco Master, apontando indícios de precipitação e possíveis irregularidades no processo.

Segundo a Amcham Brasil, apenas 6 dos 21 setores exportadores nacionais conseguem compensar as perdas causadas pelas sobretaxas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

No cenário internacional, o Banco Central da Rússia reduziu a taxa básica em 50 pontos-base, para 16% ao ano, mas indicou que a política monetária continuará restritiva.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump determinou o fechamento de órgãos do Executivo federal nos dias 24 e 26 de dezembro de 2025, ampliando o feriado de Natal. No entanto, as bolsas americanas seguirão operando normalmente.