O Brasil registrou déficit de US$ 4,943 bilhões na conta corrente em novembro, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira, 19. O resultado representa uma leve melhora em relação ao saldo negativo de US$ 5,121 bilhões em outubro e ficou abaixo da mediana das projeções do mercado, que apontava para um déficit de US$ 5,050 bilhões. As estimativas variavam entre US$ 6,60 bilhões e US$ 4,0 bilhões negativos.

O déficit em transações correntes foi o maior para meses de novembro desde 2021, quando o resultado negativo atingiu US$ 7,841 bilhões. No mesmo período do ano passado, o déficit havia sido de US$ 4,419 bilhões.

No acumulado do ano, a conta corrente registra saldo negativo de US$ 67,496 bilhões. Em 12 meses, o déficit passou de 3,49% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro para 3,47% em novembro, o menor patamar desde janeiro de 2025, quando o índice estava em 3,35% do PIB.

Na análise dos componentes, a balança comercial apresentou superávit de US$ 5,119 bilhões em novembro, segundo a metodologia do BC. Já a conta de serviços registrou déficit de US$ 4,454 bilhões, enquanto a conta de renda primária ficou negativa em US$ 6,169 bilhões. A conta financeira também encerrou o mês com saldo negativo de US$ 5,067 bilhões.

De acordo com o Relatório de Política Monetária (RPM) de dezembro, o BC projeta déficit de US$ 76 bilhões nas transações correntes e entrada líquida de US$ 75 bilhões em Investimento Direto no País (IDP) para este ano. Para 2025, a expectativa é de superávit comercial de US$ 52 bilhões.