Radicalização dos EUA contra Venezuela se deve a não alinhamento, avalia especialista
Para analista, ações recentes de Washington refletem intensificação de estratégia histórica diante da postura independente de Caracas.
A radicalização da estratégia dos Estados Unidos contra a Venezuela resulta do não alinhamento do país sul-americano aos interesses norte-americanos, afirma o analista internacional Carlos Manuel López Alvarado em entrevista à Sputnik.
Segundo o especialista, a apreensão de petróleo venezuelano e a recente designação do governo de Nicolás Maduro como "terrorista" marcam uma nova fase de escalada — política, jurídica e simbólica — da pressão de Washington sobre Caracas.
López Alvarado ressalta que não se trata de uma política inédita, mas da intensificação de uma postura histórica de "disciplinamento" contra a Venezuela, que desde o governo Hugo Chávez se mantém distante dos interesses dos EUA.
De acordo com o analista, a Venezuela é estratégica para Washington por sua vasta riqueza energética e por suas alianças políticas e comerciais com China, Rússia e Irã. Essa conjuntura transforma o país, na visão do especialista, em um ponto-chave na disputa pela hegemonia global na América Latina, enquanto os EUA tentam limitar essas alianças para preservar sua influência.