SP registra 11ª morte por intoxicação com metanol; casos confirmados chegam a 51
Homem de 62 anos, em São Bernardo do Campo, é a vítima mais recente. Polícia investiga origem clandestina das bebidas.
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo (SES) confirmou na quarta-feira, 17, a 11ª morte por intoxicação causada por bebida alcoólica adulterada com metanol. Com o novo caso, o total de óbitos relacionados à substância no Estado chega a 11.
A vítima mais recente foi um homem de 62 anos, morador de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo a prefeitura, ele faleceu no Hospital de Urgência do município em 6 de dezembro, após ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no dia anterior, quando passou mal em casa.
Em São Bernardo do Campo, foram registradas oito notificações de mortes suspeitas por intoxicação com metanol. Entre essas, dois pacientes eram de outros municípios. Três óbitos foram confirmados, incluindo uma vítima não residente na cidade. O número de casos suspeitos notificados chegou a 147, mas apenas 13 foram confirmados.
"Não existem, no momento, notificações de intoxicação aguardando confirmação", informou a prefeitura.
Segundo o último balanço da SES, até quarta-feira, o Estado de São Paulo contabilizava 51 casos confirmados de intoxicação por metanol, dos quais 11 resultaram em óbito. As vítimas fatais são:
- Quatro homens, de 26, 45, 48 e 54 anos, da capital paulista;
- Uma mulher de 30 anos e um homem de 62 anos, ambos de São Bernardo do Campo;
- Dois homens, de 23 e 25 anos, e uma mulher de 27 anos, de Osasco;
- Um homem de 37 anos, de Jundiaí;
- Um homem de 26 anos, de Sorocaba.
Ainda de acordo com a SES, quatro óbitos seguem sob investigação: uma pessoa de 39 anos, em Guariba; outra de 31 anos, em São José dos Campos; e duas pessoas, de 29 e 38 anos, em Cajamar. No total, 555 suspeitas já foram descartadas.
Uma investigação da Polícia Civil aponta que as bebidas alcoólicas adulteradas podem ter origem em uma mesma fábrica clandestina, administrada por uma família no ABC Paulista. Conforme apuração, os suspeitos adquiriam etanol adulterado com metanol de dois postos de combustíveis da região, utilizados como fornecedores da matéria-prima tóxica.