BALANÇO DE GESTÃO

Tarcísio rebate críticas e nega aumento de tarifa da Sabesp após privatização

Governador de São Paulo afirma que reajuste foi apenas reposição inflacionária e destaca ampliação da tarifa social

Publicado em 18/12/2025 às 16:03
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Reprodução / Instagram

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou como "mentirosa" a alegação de que a tarifa da Sabesp aumentou após a privatização da companhia. Durante balanço de sua gestão nesta quinta-feira, 18, no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio ressaltou que o reajuste de 6,11% nas contas corresponde exclusivamente à reposição inflacionária do IPCA acumulado entre julho de 2024 e outubro de 2025.

"Para aquela turma mentirosa que fala 'ah, a tarifa aumentou', olha o depoimento que tivemos. Seis milhões de pessoas beneficiadas com a tarifa social", afirmou o governador. "A lei federal fala em 50% de desconto, nós temos 50%, 72% e 78%. Sustentamos isso com apoio do fundo de universalização, sem destruir valor do meu parceiro privado."

Segundo o governo estadual, a recomposição tarifária seguiu o previsto em contrato, considerando a inflação dos 16 meses iniciais após a desestatização, em julho de 2024. Nos próximos ciclos, o cálculo voltará a ser anual, com base em 12 meses.

Tarcísio destacou ainda que o contrato da Sabesp prevê investimentos para universalizar o saneamento até 2029. Ele atribuiu os baixos índices históricos de tratamento de esgoto em municípios como Guarulhos, Perus, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco Morato a "décadas de ausência de planejamento e investimentos", período em que o Estado foi governado pelo PSDB desde 1994.

O governador afirmou que parte desse passivo começou a ser enfrentada com a ampliação do acesso à água e esgoto, inclusive em áreas informais e favelas antes excluídas do contrato. Tarcísio também mencionou um segundo ciclo de investimentos até 2034, focado na modernização da rede e redução de perdas. O volume total previsto, de R$ 260 bilhões, segundo ele, não permite soluções imediatas para problemas estruturais acumulados ao longo dos anos.