CRISE NO SETOR ELÉTRICO

Tarcísio defende saída da Enel de SP e classifica possível renovação como afronta

Governador critica desempenho da concessionária e diz que manter contrato seria 'tapa na cara' dos paulistas

Publicado em 18/12/2025 às 15:53
Tarcísio defende saída da Enel de SP e classifica possível renovação como afronta Reprodução / internet

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (18) que a única solução para os problemas no fornecimento de energia no estado é romper o contrato com a Enel.

“Só tem uma forma de proteger o cidadão de São Paulo: é varrer a Enel daqui. É impossível ficar pior”, declarou Tarcísio em coletiva de imprensa sobre os três anos de sua gestão.

Na última terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o governador e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciaram o pedido de caducidade do contrato da Enel.

A solicitação foi encaminhada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que informou que utilizará um processo já aberto em 2024 para acelerar a análise. O procedimento envolve diagnóstico das falhas e direito de defesa da concessionária. Após o anúncio, a Enel declarou estar disposta a enterrar a fiação e defendeu sua atuação em São Paulo.

“Renovação do contrato da Enel em 2028 seria deboche, tapa na cara de todos os paulistas”, reforçou Tarcísio.

O governador afirmou ainda que aguarda resposta da agência reguladora, mas que está preparado para acionar a Justiça caso necessário. “A gente tem que usar os remédios regulatórios. Nós sugerimos vários remédios regulatórios. Estamos com ação pronta na Justiça e também para ingressar na Justiça agora. Estamos esperando a resposta da regulação.”

Segundo o governo estadual, a caducidade interrompe qualquer discussão sobre prorrogação do contrato. “Isso é fundamental. A gente tem que garantir que esse contrato não vai ser prorrogado e esse contrato faz mal para São Paulo. Esse contrato deixou São Paulo refém”, completou.

Sobre o processo de rompimento com a Enel, Tarcísio afirmou que cobrará o governo federal. “A partir do momento que eles assumem que precisam realmente iniciar o processo de caducidade, a responsabilidade, a bola tá com eles.”