Em mais um dia de instabilidade, o dólar comercial fechou em alta e superou a marca de R$ 5,50 pela primeira vez desde outubro, alcançando o maior patamar desde o início de agosto. A bolsa de valores também recuou, aproximando-se dos 157 mil pontos.

O dólar encerrou esta quarta-feira (17) vendido a R$ 5,522, com valorização de R$ 0,06 (+1,09%). Durante toda a sessão, a moeda operou em alta, atingindo R$ 5,53 na máxima do dia, por volta das 14h.

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Em alta pelo quarto pregão consecutivo, a moeda norte-americana atinge o maior valor desde 1º de agosto. Em dezembro, já acumula alta de 3,5%, mas no ano registra queda de 10,63%.

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou aos 157.327 pontos, com queda de 0,79%. Foi o segundo recuo seguido do indicador, refletindo a turbulência do mercado de ações.

Assim como nos últimos dias, fatores internos e externos influenciaram o mercado financeiro. No exterior, o dólar teve leve valorização frente a outras moedas, em meio à incerteza sobre os juros nos Estados Unidos após o país criar mais empregos que o esperado em novembro.

No Brasil, o ambiente político e econômico teve peso maior nas negociações. As discussões sobre as pré-candidaturas à Presidência em 2026 e a indefinição sobre o início da redução da taxa Selic pelo Banco Central aumentaram a pressão sobre o mercado.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira (16), não esclareceu quando a Selic começará a cair. Juros elevados estimulam a migração de recursos da bolsa para a renda fixa.

No câmbio, as remessas de lucros de filiais de empresas estrangeiras para o exterior, típicas de fim de ano, aumentam a demanda por dólares e pressionam a cotação.

*Com informações da Reuters