CONFLITO NO LESTE EUROPEU

Putin alerta para expansão de ofensiva russa na Ucrânia caso negociações fracassem

Presidente russo afirma que Moscou pode ampliar operações militares se demandas não forem atendidas por Kiev e aliados ocidentais.

Publicado em 17/12/2025 às 15:48
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial Nano Banana (Google Imagen)

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira, 17, que a Rússia buscará ampliar seus ganhos territoriais na Ucrânia caso Kiev e seus aliados ocidentais rejeitem as exigências do Kremlin nas negociações de paz.

Durante reunião anual com altos oficiais militares, Putin declarou que Moscou prefere alcançar seus objetivos e "eliminar as causas raízes do conflito" por meios diplomáticos. No entanto, advertiu: "Se o lado oposto e seus patronos estrangeiros se recusarem a engajar em um diálogo substantivo, a Rússia alcançará a libertação de suas terras históricas por meios militares".

Putin fez referência aos territórios ucranianos ocupados pela Rússia — ação amplamente condenada pelo Ocidente como violação da soberania ucraniana e ato de agressão não provocada.

O líder russo ressaltou que "o exército russo tomou e está firmemente segurando a iniciativa estratégica ao longo de toda a linha de frente" e alertou que Moscou poderá expandir uma "zona de segurança de buffer" na fronteira.

"Nossas tropas são diferentes agora, estão endurecidas pela batalha e não há outro exército assim no mundo atualmente", afirmou.

Putin também exaltou o fortalecimento das Forças Armadas russas, destacando a modernização do arsenal nuclear — com ênfase no novo míssil balístico de alcance intermediário Oreshnik, capaz de transportar ogivas nucleares e que, segundo ele, entrará oficialmente em serviço neste mês. A Rússia testou uma versão convencional do Oreshnik contra uma fábrica ucraniana em novembro de 2024, e Putin afirmou que o míssil é impossível de ser interceptado.

Ao mesmo tempo, rejeitou declarações de autoridades europeias sobre supostos planos russos de atacar outros países do continente, classificando-as como "mentiras e puro absurdo... impulsionados por interesses políticos pessoais ou de grupo de curto prazo, não pelos interesses de seus povos".

Com informações da Associated Press.