'Ninguém está interessado na democracia', avalia analista sobre intervenção dos EUA na Venezuela
Professor da UERJ afirma que interesses econômicos e geopolíticos motivam ações dos Estados Unidos no país vizinho.
'Ninguém está interessado na democracia', avalia o analista Roberto Santana Santos sobre a intervenção norte-americana na Venezuela.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o professor da UERJ afirma que Hugo Chávez ascendeu como líder popular na década de 1990 ao promover um levante contra o sistema vigente, no qual apenas dois partidos, compostos por representantes da elite, se revezavam no poder. Esses partidos, segundo Santos, defendiam interesses de petroleiras norte-americanas no país.
De acordo com o analista, esse cenário foi o estopim para as intervenções dos Estados Unidos na Venezuela, que persistem até hoje.
"A Venezuela é a principal reserva de petróleo do mundo e, ao mesmo tempo, vem desenvolvendo um sistema político de transição socialista, que busca superar o liberalismo político criticado globalmente", afirma Santos.