EDUCAÇÃO

Professores da rede estadual de SP aprovam greve em assembleia na Avenida Paulista (VÍDEO)

Publicado em 25/04/2025 às 20:51
© Sputnik / Guilherme Correia

Em assembleia realizada nesta sexta-feira (25), na Avenida Paulista, professores da rede estadual de São Paulo aprovaram greve por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada durante ato que reuniu milhares de educadores em frente ao Museu de Arte de Sao Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e marca o agravamento da mobilização iniciada com paralisações desde março.

A categoria reivindica reajuste salarial de 6,27%, contratação de 44 mil profissionais aprovados em concurso público e climatização das salas de aula, especialmente nos dias de calor intenso.

Também pedem mais transparência na atribuição de aulas e o fim dos processos de privatização e militarização das escolas estaduais.

Na quinta-feira (24), o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) apresentou proposta que não foi aceita pelos professores.

Para tentar conter o movimento, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP) obteve liminar no Tribunal de Justiça que obriga 70% dos docentes a permanecerem em sala de aula durante a paralisação, sob pena de multa de R$ 20 mil por dia.

O Palácio dos Bandeirantes defende que a paralisação fere o princípio da continuidade dos serviços públicos e causa prejuízos a milhões de alunos. Apesar da liminar, não houve balanço oficial sobre o número de escolas que aderiram à paralisação até o início da tarde.

O Ministério Público de São Paulo também pressiona o governo estadual com ações judiciais para recompor o quadro de professores efetivos. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc), há um déficit de mais de 40 mil docentes concursados, além da falta de diretores e supervisores.

Uma audiência de conciliação entre o governo e os representantes da categoria está marcada para 5 de maio, às 14h30. Até lá, os professores prometem manter a mobilização nas ruas e nas redes.


Por Sputinik Brasil