Projeto de extensão incentiva habilidades desenvolvidas na prática de tiro com arco
Treinos são feitos para a comunidade acadêmica e alunos de escolas públicas que tem entre 14 e 18 anos

Foco e concentração. Habilidades que estão sendo treinadas toda semana no Complexo Esportivo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) a partir do projeto de extensão Tiro com Arco. A modalidade olímpica ganhou adeptos na comunidade acadêmica do Campus A.C. Simões numa parceria entre o Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe) e a Escola Arco e Flecha Zumbi.
“O exercício dessa atividade esportiva traz benefícios para uma vida mais saudável, exercitando além do corpo, a mente, que inclui o aumento da concentração, melhoria na postura e disciplina, além de criar um ambiente de respeito e competição saudável. Ou seja, o Tiro com Arco proporciona um melhor desempenho nas atividades cotidianas e um convívio mais harmônico de quem o pratica, ocupando o tempo ocioso dos beneficiados, diminuindo assim possíveis contatos com a violência”, descreve a apresentação do projeto, que tem como responsáveis na Ufal os professores Eriberto de Moura (Iefe) e Aline Espíndola (Ctec).
Tudo é pensado para segurança e qualidade dos ensinamentos. Por isso, o corpo técnico da equipe conta com instrutores certificados pela Associação Field Brasil (Ifaa), além de instrutores níveis 1 e 2, e árbitros estadual e nacional certificados pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco. A professora Aline é uma das instrutoras, arqueira desde 2016 e incentivadora da modalidade.
“A equipe visa compartilhar a paixão pelo Tiro com Arco, realizando uma prática com união, alegria e respeito, além de desenvolver uma atividade saudável entre todos. Suas atividades são firmadas com base no respeito às diversidades étnica, social, sexual e de gênero, proporcionando esta prática esportiva”, reforçou, na apresentação do projeto.
Valter dos Santos, Vanessa dos Santos Nascimento e Célia Rejane Lopes do Nascimento completam a equipe que coordena as atividades em dois horários para atender a comunidade acadêmica e os alunos da rede pública de ensino.
Ganhando experiência
Para fomentar e viabilizar o acesso à prática do esporte Tiro com Arco para alunos de escolas públicas na faixa etária de 14 a 18 anos da cidade de Maceió e para comunidade acadêmica, o projeto de extensão foi acolhido pela Ufal, que cedeu o espaço para treinos.
As duas turmas ofertam 30 vagas cada, com duas horas de duração. As inscrições para alunos de escolas públicas ainda estão disponíveis no link. Os instrutores explicam que os primeiros 30 minutos de aula são voltados para a montagem de equipamento, alongamento, aquecimento e revisão dos protocolos de segurança.
A equipe AF Zumbi disponibiliza uma série de materiais e equipamentos, como arcos escolas, flechas, dedeiras, protetores peitorais e de braço, aljavas (onde colocam as flechas), além de alvos, anteparos e cavaletes.
Os anteparos ficam com quatro alvos, que são individuais por aluno e as linhas de tiro formadas por grupos de quatro pessoas. Eles disparam as flechas e depois analisam o desempenho dos tiros. Os instrutores explicam que a princípio a turma treina com alvos a uma distância de seis metros, mas de acordo com as habilidades e conhecimentos adquiridos, podem avançar para maiores distâncias: 9m e 18m, seguindo regulamentos oficiais.
Torneios são alvos
O Clube Arco e Flecha Zumbi é um polo vinculado à Associação Field Brasil desde 2020, passando a representar Maceió-AL em competições nacionais. A Associação representa a International Field Archery Association (Ifaa) no Brasil e fortalece o esporte, assim como a Associação Alagoana de Tiro com Arco (Aata), que permite ranquear os atletas do Estado de acordo com o ranking nacional da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (Brasil Arco).
Ao todo são sete arqueiros participando do ranking nacional pela Field Brasil, entre eles a professora Aline e os instrutores do projeto, Célia Rejane e Valter dos Santos. Eles também participam do ranking nacional pela Brasil Arco e compartilham dessa experiência para estimular os participantes na Ufal.
“Os arqueiros do projeto não só podem, como são estimulados a participar dos torneios de forma recreativa ou ranqueamento estadual. Os próprios equipamentos usados no projeto podem ser utilizados nos torneios e com anteparos para iniciantes com distâncias menores e os mais avançados nas distâncias oficiais”, adiantam os instrutores, já prevendo os alvos a serem atingidos na extensão da Ufal.