Forças israelenses matam várias pessoas em ataques a acampamentos de tendas em Gaza, reporta mídia

O exército israelense matou pelo menos 29 palestinos em Gaza desde o amanhecer desta segunda-feira (21), com muitas mortes em ataques a acampamentos para pessoas deslocadas.
Segundo informações veiculadas pela Al Jazeera, além do ocorrido nas últimas horas, a Defesa Civil Palestina e a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino "pedem uma investigação independente sobre as mortes de 14 socorristas palestinos e um funcionário das Nações Unidas, rejeitando uma investigação israelense sobre os assassinatos brutais do mês passado".
Situação no enclave
Israel afirma que o Hamas usa sistematicamente estruturas civis, incluindo hospitais, o que o grupo militante nega. Em outubro de 2023, uma explosão mortal no complexo do hospital Al-Ahli foi atribuída pelo Hamas a um ataque aéreo israelense, mas Israel afirmou que foi causada por um lançamento fracassado de um foguete pelo grupo Jihad Islâmica Palestina, versão apoiada pela Human Rights Watch.
Enquanto isso, outros ataques contra o enclave mataram o chefe de uma delegacia de polícia em Khan Yunis e pelo menos mais oito pessoas, incluindo uma mulher, mais ao norte.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual 1.200 pessoas morreram e 251 foram feitas reféns, segundo dados israelenses.
Desde então, mais de 50.000 palestinos foram mortos na ofensiva israelense, segundo autoridades de saúde locais. Grande parte de Gaza está em ruínas e a maior parte de sua população foi deslocada. A devastação em Gaza, com ataques frequentes e um número crescente de vítimas, deteriora a situação humanitária na região a cada dia, com a infraestrutura de saúde severamente comprometida.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram inúmeras incursões em instalações médicas no enclave, enquanto o Hamas nega usar estruturas civis para fins militares.