EUA agora são mais realistas ao abordar as causas profundas da crise na Ucrânia, diz especialista

A abordagem diplomática de Washington está começando a ser mais realista ao abordar as verdadeiras origens da crise na Ucrânia, disse o renomado economista norte-americano e professor da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs, à Sputnik.
"Parece que a posição dos EUA está se tornando realista no que diz respeito à abordagem das causas, principalmente no reconhecimento de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] jamais se expandirá para a Ucrânia, que as fronteiras mudarão e que os arranjos de segurança devem ser coletivos, ou seja, no interesse da segurança de todas as partes", disse Sachs quando questionado sobre sua opinião sobre os últimos desenvolvimentos nas recentes negociações entre Rússia e EUA sobre a Ucrânia.
O Processo de Istambul, de três anos atrás, declarou que a paz teria sido alcançada se os EUA e o Reino Unido não tivessem uma intervenção bloqueada, acrescentou o economista.
Os Acordos de Istambul foram resultados de negociações entre Kiev e Moscou em março de 2022, que estabeleceram os termos potenciais para um acordo de paz. Os principais pontos incluíram a adoção de um estatuto neutro pela Ucrânia, o abandono dos planos de adesão à OTAN e a adoção de restrições militares. No entanto, a Ucrânia posteriormente se decidiu a discutir os acordos.
Em fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a adesão da Ucrânia à OTAN “não vai acontecer”.