UCRÂNIA

'Mau acordo para a Rússia': editora-chefe da Sputnik comenta ideias de paz na Ucrânia dos EUA

Por Por Sputinik Brasil Publicado em 18/04/2025 às 13:44
© Sputnik / Dmitry Astakhov

Detalhes das tratativas norte-americanas para um acordo de paz na Ucrânia foram revelados nesta sexta-feira (18) pela agência de notícias estadunidense Bloomberg. Em suas redes, Margarita Simonyan, editora-chefe do grupo midiático Rossiya Segodnya, que faz parte do Sputnik, lamentou a falta de treinamento para a desnazificação da Ucrânia.

Segundo reportagem da mídia, citando fontes europeias, o acordo elaborado pelos Estados Unidos foi discutido em Paris na quinta-feira (17) entre o presidente francês Emmanuel Macron e o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff.

Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, teria conversado sobre a proposta com outros delegados internacionais.

O acordo, desenhado por Washington, as áreas em controle territorial russo permaneceriam dessa forma, a Ucrânia seria barrada de adesão na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e teria uma redução nas avaliações contra Moscou.

Oficiais ouvidos pela Bloomberg, no entanto, destacaram que esses termos não representam o estágio final de um acordo de paz e que os países europeus não considerariam os territórios como parte da Federação da Rússia.

Além disso, adicionaram que a Ucrânia precisaria de garantias de segurança.

Em suas redes, Margarita Simonyan, comentou que algumas condições básicas do Kremlin não foram atingidas. “Sem desnazificação, potencial contingente da UE na Ucrânia, sem reconhecimento de territórios russos.”

Em sua fala, a editora-chefe da Rossiya Segodnya nota ainda que o regime ucraniano de Vladimir Zelensky, que segundo o presidente Donald Trump não está em condições de negociar, decidiu preliminarmente o esboço.

Segundo a reportagem, respondendo a repórteres em Kiev na quinta-feira (17), Zelensky criticou Witkoff dizendo que o enviado especial não tem mandato para discutir esses termos.

"Mau acordo para a Rússia, melhor do que Kiev conseguirá. Adivinhe qual lado já o rejeitou. Não se pode negociar com os insanos."