O destino do projeto para produzir os mais recentes caças F-47 dos EUA depende do fornecimento de metais de terras raras da China, aos quais Pequim já impôs restrições, relata a revista norte-americana Newsweek.

A revista destaca que Pequim está em uma posição de força, controlando materiais essenciais para o setor de defesa dos EUA.

Observa-se que a China impôs restrições à exportação de metais de terras raras, essenciais para um caça que será a base da frota de próxima geração da Força Aérea dos EUA.

Isso aconteceu após o presidente norte-americano, Donald Trump, impor tarifas em relação à China.

"Trump tem promovido o F-47 como o sucessor do F-22 Raptor. Mas a viabilidade do programa americano Dominância Aérea de Última Geração [NGAD, na sigla em inglês] depende muito dos materiais produzidos pela China", ressalta o artigo.

Além disso, a publicação enfatiza que se trata dos metais de terras raras leves e pesados, como samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio.

Por exemplo, o ítrio é essencial para os sistemas de radar de alta frequência e lasers de alta precisão, além de evitar que os motores dos aviões de caça derretam durante o voo.

A China anunciou nesta sexta-feira (11) que vai aumentar de 84% para 125% as tarifas retaliatórias sobre importações dos EUA. A medida foi anunciada em comunicado emitido pela Comissão Tarifária do Conselho de Estado, e divulgado pela agência Xinhua.