As tarifas de importação impostas pelos EUA provocarão uma disputa acirrada pelo mercado russo, disse à Sputnik o economista Oleg Nikolaev.

Nikolaev destacou que os enormes fluxos de mercadorias da China, do Vietnã e de outros países que trabalham há décadas para o consumidor americano buscarão novos mercados.

Assim, continuou o economista, devemos esperar uma luta feroz pelo mercado russo.

Ele acrescentou que o mundo está no limiar de grandes mudanças econômicas, que tomarão a forma de novas alianças comerciais, novos fluxos comerciais e novos planos de investimento.

"Parece que a Organização Mundial do Comércio, como instituição global, está tristemente seguindo a Organização das Nações Unidas e desaparecendo. As antigas regras para todos não se aplicam mais, novas regras estão sendo criadas", finalizou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou recentemente um decreto que estabelece tarifas "recíprocas" sobre importações de diversos países. A alíquota básica mínima foi fixada em 10%, mas a maioria das nações enfrentará taxas mais altas, calculadas com base no déficit comercial dos EUA com cada país — com o objetivo de substituir esse déficit por equilíbrio.

De acordo com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, as novas tarifas sobre produtos chineses se somam a medidas anteriores e podem alcançar até 54%.

Em 9 de abril, o presidente Trump anunciou que os EUA suspenderiam por 90 dias as tarifas impostas a mais de 75 países.