Os preços globais do petróleo caíram devido ao pânico em torno das decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores (OPEP+) e das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e agora estão se recuperando com base nos fatores fundamentais, disse à Sputnik Maksim Malkov, especialista no setor petrolífero.

Segundo Malkov, os preços do petróleo Brent sofreram uma queda acentuada na quinta-feira (3), depois que Donald Trump assinou uma ordem executiva impondo "taxas recíprocas" sobre as importações de outros países.

Observa-se que a decisão de oito países da OPEP+ – Rússia, Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã – de acelerar sua retirada de uma série de restrições voluntárias à produção de petróleo a partir de maio também afetou os preços.

Desde então, continuou o analista, as cotações atualizaram várias vezes as mínimas desde 2021. Como resultado, no dia anterior elas caíram abaixo de US$ 63 (R$ 378) por barril de Brent pela primeira vez desde 12 de abril de 2021, e em três dias – quinta, sexta e segunda-feira – o preço do petróleo caiu quase 15%.

No entanto, sublinhou o analista, os preços do petróleo voltaram a crescer na terça-feira (8) e o custo dos futuros do Brent de junho subiu quase 1,5% e voltou a ficar acima de US$ 65 (R$ 390) por barril.

"A queda ocorreu devido ao pânico e à especulação. A recuperação se baseia em fatores fundamentais: o equilíbrio entre a demanda e a oferta reais, em primeiro lugar", finalizou Malkov.