Mídia: ataques israelenses em Gaza matam ao menos 30 pessoas enquanto incursão terrestres avança

Pelo menos 30 palestinos foram assassinados em ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com fontes médicas à Al Jazeera, enquanto o exército israelense disse ter enviado tropas terrestres para um chamado "corredor de segurança" no sul do território.
Pelo menos seis pessoas foram mortas em um ataque aéreo em Khan Younis, no sul de Gaza, e outras seis em um ataque em Beit Hanoon, no norte, disseram fontes à Al Jazeera.
Segundo a mídia, "Israel tem pressionado para tomar mais território em Gaza desde que rompeu uma trégua de semanas na guerra com o Hamas em meados de março e retomou o bombardeio do território devastado".
O Hamas anunciou o adiamento da liberação de reféns prevista para 15 de fevereiro, argumentando que Israel não cumpriu os termos do armistício, adiando o retorno dos deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrega de ajuda humanitária no enclave palestino.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu que "o inferno vai eclodir" na Faixa de Gaza se o Hamas não entregar os reféns no dia combinado. Ele também afirmou que o povo palestino não terá o direito de retornar a Gaza no momento, pois Washington assumirá o controle do território para construir um "empreendimento imobiliário para o futuro".
As intenções de Trump em relação a Gaza foram rejeitadas por grande parte da comunidade internacional, pelo povo árabe e pelos próprios palestinos.
Desde 19 de janeiro, um cessar-fogo está em vigor na Faixa de Gaza, após 470 dias de hostilidades, como parte de um acordo entre Israel e o Hamas para liberar reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Desde outubro de 2023 até o momento, mais de 48 mil palestinos e cerca de 1,5 mil israelenses foram mortos.
O conflito se espalhou para o Líbano e o Iêmen, provocando também uma troca de ataques com foguetes entre Israel e o Irã.