Pesquisa Quaest: Tarcísio é favorito em SP e Lula tem queda acentuada de popularidade

O governo Lula já começou a fazer as contas para as eleições de 2026 e as pesquisas têm apontado uma forte tendência de queda em sua popularidade motivada em grande medida pela insatisfação com o preço dos alimentos e o alto custo de vida.
A nova pesquisa da Quaest revelou um cenário negativo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja aprovação está em torno de 30%, enquanto governadores de oposição têm aprovação acima de 60%. Esse contraste reflete o descontentamento da população com Lula, enquanto os governadores, apesar dos desafios com a violência, são vistos de forma mais positiva.
Em São Paulo, Lula enfrenta uma desaprovação de 69%, enquanto o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) tem uma aprovação de 61%. Lula vai estar no estado para lançar o edital de construção do túnel submerso entre Guarujá e Santos, junto com Tarcísio, e o evento já está chamando atenção do Planalto enquanto analistas aguardam seus desdobramentos políticos.
A pesquisa mostra ainda que essa tendência não é exclusiva de São Paulo. Governadores de outros estados, como RJ, MG, PR, GO, PE, RS e BA, também têm aprovação superior à de Lula. Quatro desses governadores, incluindo Tarcísio, Ronaldo Caiado (União Brasil), Ratinho Jr. (PSD) e Romeu Zema (Novo), têm aprovação acima de 60%.
Ao contrário de Lula, que vê sua aprovação cair, esses governadores mantêm uma aprovação elevada e estável. Tarcísio é visto como favorito para a reeleição, caso não dispute a corrida pela Presidência, enquanto Caiado e Ratinho Jr. são considerados capazes de eleger seus sucessores.
Segundo apuração do G1, aliados de Lula acreditam que ele está com um diagnóstico errado da situação e não fará as mudanças necessárias sem ser alertado. Lula insiste que seu governo está indo bem, com crescimento forte e desemprego baixo, mas não percebe que o enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reduz o impacto positivo desses ganhos.
Ainda de acordo com a apuração, os aliados de Lula afirmam que Haddad não está totalmente enfraquecido, mas perdeu força desde o início do mandato. A percepção de fraqueza do ministro da Fazenda gera incertezas, afetando o mercado, que reage rapidamente a notícias ruins.