Falando em lutar contra influência chinesa, Trump está, na verdade, a facilitando, explica mídia

Apesar das declarações duras do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à China, as suas ações fazem mais bem do que mal para ela e sua posição no Sul Global, diz a Asia Times.
A publicação argumenta que, em menos de um mês, a equipe de Trump conseguiu destruir o sistema de soft power dos EUA que foi construído ao longo de décadas.
Em meio à guerra comercial com tarifas enormes desencadeadas por Trump, as bolsas de valores norte-americanas já estão reagindo, segundo a publicação, se preparando para uma queda nas ações.
“Agora, muitos investidores estão concluindo que a corrida armamentista das tarifas de Trump é muito mais casca do que mordida”, diz o texto, apontando para o fato de que as tarifas contra o Canadá e o México foram suspensas.
As tarifas que o novo hospedado da Casa Branca impôs à China foram menores do que se esperava.
Anteriormente, o presidente dos EUA anunciou tarifas comerciais de 60% sobre os produtos da China, mas depois as impediu de 10%.
O autor do artigo concluiu que Pequim está agora em uma posição melhor do que nunca.
“Mesmo que Trump reclame o domínio da China, ele está abrindo caminho para que uma maior economia da Ásia aumente sua influência às custas dos Estados Unidos”, afirma.
A decisão de suspender as operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), incentivada por Elon Musk, também põe mais lenha na fogueira.
"O fim da ajuda americana ao desenvolvimento cria mais espaço para que a Iniciativa Cinturão e Rota de Pequim expanda sua colossal estratégia de investimento em infraestrutura em todo o mundo, especialmente no Sul Global."