O superávit da balança comercial brasileira caiu 65,1% em janeiro deste ano em comparação com de 2024. O valor das exportações superou em US$ 2,164 bilhões (R$ 12,5 bilhões) o das importações. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

O resultado foi o mais baixo para meses de janeiro desde 2022 (déficit de US$ 59,1 milhões). De acordo com a pasta, em janeiro, o país exportou US$ 25,18 bilhões (R$ 145 bilhões), queda de 5,7% em relação a janeiro de 2024, e o segundo melhor janeiro da série histórica, só perdendo para 2024.

De acordo com o ministério, a redução no preço internacional da soja, do milho, do ferro, do petróleo e do açúcar foram os principais fatores que provocaram a queda no valor vendido. As vendas de alguns produtos, como café e celulose, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas caiu 0,9%, devido à entressafra de diversos produtos e à redução do preço do minério de ferro por causa da oscilação da demanda na China, afirmou o Mdic. Os preços caíram 5,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já as importações somaram US$ 23,016 bilhões, alta de 12,2% na mesma comparação e atingindo volume recorde para o mês. Aquisições de motores, máquinas, compostos orgânicos, componentes de veículos, adubos e fertilizantes químicos subiram, sendo a maior alta de máquinas e motores, com aumento de 56,7% de valor comprado em janeiro na comparação com janeiro de 2025.

Nas importações, a quantidade comprada subiu 19,5%, mas os preços médios recuaram 6,1%, indicando o aumento das compras externas decorrentes da recuperação da economia.

No setor agropecuário, a queda na quantidade pesou mais na redução das exportações. O volume de mercadorias embarcadas caiu 6,7% em janeiro na comparação com o janeiro do ano passado.

Na indústria de transformação, a quantidade caiu 2,7%, com o preço médio subindo 2,5%. Este, segundo o ministério, é reflexo da crise econômica na Argentina, que é o maior comprador de bens industrializados do Brasil.

Na indústria extrativa, de exportação de minérios e petróleo, a quantidade exportada subiu 6,1%, enquanto os preços médios recuaram 18,3%.

A previsão do ministério para superávit brasileiro em 2025 varia entre US$ 60 bilhões (R$ 347,7 bilhões) e US$ 80 bilhões (R$ 429,9 bilhões). Em 2024, a balança comercial registrou superávit de US$ 74,176 bilhões.

Por Sputinik Brasil