Após tragédia, Vereadores de Palmeira dos Índios acata sugestões da Tribuna do Sertão para segurança no Açude do Goití
Edis concordam com ponto fixo da guarda municipal e cerca aramada no local
A morte trágica de João Barros da Silva, vítima de afogamento no último fim de semana (02) no Açude do Goití, reacendeu um debate sobre a segurança no local. A fatalidade trouxe à tona a necessidade de medidas urgentes para evitar novos acidentes e proteger tanto os banhistas quanto a fauna local.
Diante desse cenário, a Tribuna do Sertão propôs duas ações fundamentais para minimizar riscos e garantir mais segurança à população e turistas que frequentam a área seguindo o exemplo do Lago do Amor em Campo Grande (MS). As sugestões foram rapidamente acolhidas pelos vereadores Madson Monteiro e Toninho Garrote, que apresentarão esta noite (05) na sessão ordinária da casa indicações oficiais na Câmara Municipal de Palmeira dos Índios para viabilizar as medidas.
As medidas propostas para segurança no Açude do Goití
As indicações encaminhadas à prefeita do município visam reduzir acidentes e preservar o ecossistema do açude, adotando ações preventivas e estruturais:
1. Instalação de um posto fixo da Guarda Municipal
o A iniciativa do vereador Madson Monteiro propõe a criação de um ponto permanente da Guarda Municipal no entorno do açude, visando reforçar a segurança dos frequentadores, evitar incidentes e coibir comportamentos de risco.
o Com o local se tornando um ponto turístico cada vez mais visitado, a presença da Guarda Municipal inibiria práticas perigosas, como o banho em áreas de risco e o consumo excessivo de álcool na margem do reservatório.
2. Cercamento do açude para proteção ambiental e segurança dos transeuntes
o A proposta apresentada pelo vereador Toninho Garrote recomenda a instalação de uma cerca aramada ao redor do açude, com dois objetivos principais:
Evitar que pessoas nadem no local, já que o fundo do açude está coberto por uma camada espessa de lama, que funciona como uma armadilha mortal para quem tenta atravessar a área.
Proteger os animais silvestres (jacarés), prevenindo que saiam do açude e perambulem pela cidade.
A aceitação das propostas pela Câmara Municipal demonstrará um passo importante na prevenção de novas tragédias, mas a implementação das medidas, se passar na Câmara, ainda dependerá do aval do Executivo municipal.
Açude não tem proteção, mesmo com gastos milionários em sua revitalização
Medidas são essenciais, mas precisam de ação imediata
A tragédia no Açude do Goití não foi um acidente isolado, mas sim um reflexo da falta de fiscalização e infraestrutura de segurança no local. A demora do poder público em implementar ações preventivas torna o açude um ambiente perigoso e propício a novas fatalidades.
As medidas sugeridas pela Tribuna do Sertão, agora adotadas pelos vereadores, serão um avanço, mas é essencial que a prefeitura não trate essas propostas apenas como pautas de discurso político. É preciso que o Executivo municipal aja rapidamente para viabilizar a instalação do posto da Guarda Municipal e do cercamento da área, garantindo que a população tenha mais segurança.
Além disso, a tragédia evidencia a necessidade de uma campanha educativa para conscientizar a população sobre os riscos de nadar no açude, especialmente diante das condições perigosas do fundo lamacento. A administração municipal também deve investir em mais placas informativas e ações de fiscalização para evitar que o espaço continue sendo um cenário de riscos.
A questão que fica é: o poder público será ágil na implementação dessas medidas ou só agirá depois de novas tragédias? A população de Palmeira dos Índios aguarda por respostas concretas.