Moscou critica decisão de Trump de colocar Cuba de volta na lista de patrocinadores do terrorismo
Várias decisões da administração Biden, incluindo a que removia Cuba da lista unilateral dos EUA de patrocinadores estatais do terrorismo, foram suspensas.
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As ordens executivas alegam que "a administração anterior incorporou práticas profundamente impopulares, inflacionárias, ilegais e radicais em todas as agências e escritórios do governo federal". Alegadamente, essa ação visa "iniciar as políticas que tornarão nossa nação unida, justa, segura e próspera novamente".
O que permanece obscuro, no entanto, é o que tudo isso tem a ver com Cuba e com que fundamentos a ilha foi colocada de volta nessa lista.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou ser evidente que tal decisão não tem nada a ver com o combate ao terrorismo.
"A administração anterior dos EUA declarou explicitamente que não havia nenhuma evidência de que Cuba apoiasse o terrorismo internacional. Esse fato permanece indiscutível. Achamos essencial enfatizar mais uma vez a reputação impecável e exemplar de Cuba como participante ativa nos esforços internacionais para combater o terrorismo", disse.
Para Moscou, o retorno de Cuba à lista tem por pretensão endurecer ainda mais as restrições financeiras e econômicas à ilha, com o objetivo de desestabilizar o país e forçar uma mudança de governo.
"É lamentável que, após mais de 60 anos de duras sanções e pressão política sobre Havana, Washington ainda se recuse a reconhecer a futilidade de impor sua vontade ao povo cubano", afirmou Zakharova.
A representante oficial do MRE russo ainda ressaltou que "a Rússia continuará fornecendo a Cuba o apoio necessário para defender sua soberania e suas demandas pelo levantamento imediato e completo do bloqueio econômico, comercial e financeiro ilegal e desumano imposto pelos Estados Unidos. Também defenderemos a remoção de Havana da lista de supostos patrocinadores estatais do terrorismo", concluiu.
Por Sputinik Brasil