A Procuradoria-Geral da Bolívia estuda pedir a prisão preventiva do ex-presidente Evo Morales pelo crime de tráfico humano em audiência cautelar marcada para o próximo dia 14 de janeiro, na cidade de Tarija, no sul do país. A informação foi dada nesta segunda-feira (30), pelo procurador-geral venezuelano, Roger Mariaca.

Morales é investigado por um suposto relacionamento amoroso com uma menor em 2016, quando ainda era presidente, que engravidou e o caso foi levado ao Ministério Público.

Segundo a promotoria, ele teria feito um suposto acordo com os pais da adolescente para se relacionar com ela, o que é configurado pela justiça boliviana como tráfico humano de menor de idade.

"Será o juiz cautelar quem determinará e haverá a prisão preventiva, se houver indícios de responsabilidade, riscos processuais, fuga ou obstrução de justiça", informou Mariaca.

Mariaca alertou que, caso Morales não compareça à audiência na cidade de Tarija e não justifique formalmente sua ausência, será emitido um mandado de prisão, junto com outras medidas previstas na lei penal boliviana.