POLÍTICA INTERNACIONAL

Inflação, aposentadoria e moradia: pesquisa aponta o que os alemães querem do novo governo

Por Sputinik Brasil Publicado em 30/12/2024 às 10:38
© Sputnik / Igor Zarembo

Os alemães consideram a inflação, as aposentadorias e moradia acessível as questões mais urgentes a serem resolvidas pelo novo governo federal, que será formado após as eleições de fevereiro para a câmara baixa do parlamento, o Bundestag, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo instituto INSA para o jornal Bild.

De acordo com 56% dos alemães, o problema mais importante com o qual o novo governo deve lidar é a inflação. Em dezembro deste ano, a taxa atingiu 2,2%. Como observa a publicação, a inflação não está crescendo agora tão rapidamente quanto, por exemplo, em 2022, mas a população ainda está preocupada com o aumento dos preços.

Mais da metade dos entrevistados (54%) estão preocupados com o futuro de suas aposentadorias: enquanto os social-democratas, grupo ao qual pertence o chanceler Olaf Scholz, estão pedindo que a aposentadoria equivalente a 48% do salário seja estabelecida por lei, a oposição e o bloco da União Democrata-Cristã (CDU) e União Social-Cristã (CSU) são contra tal medida.

A moradia está em terceiro lugar na lista de problemas que o novo governo deve resolver, 51% dos entrevistados querem que as novas autoridades construam moradias acessíveis, cuja demanda, especialmente nas grandes cidades, é enorme.

Os alemães também querem que o novo governo estimule o crescimento econômico, forneça suprimentos de energia estáveis e controle a imigração, de acordo com a pesquisa.

Anteriormente, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier anunciou a dissolução do Bundestag e a convocação de eleições antecipadas para 23 de fevereiro de 2025. A decisão de dissolver o parlamento foi comunicada a Steinmeier por Scholz após o Bundestag rejeitar uma moção de confiança no governo no dia 16 de dezembro. Assim, 394 dos 717 legisladores que participaram da votação rejeitaram a moção a favor de Scholz como chanceler da Alemanha, 207 a apoiaram e 116 se abstiveram.

A moção de confiança foi resultado de uma crise governamental que a Alemanha enfrentou no início de novembro após o ministro das Finanças, Christian Lindner, do Partido Democrático Livre (FDP) ter sido demitido por insistência de Scholz. Entre os motivos para essa decisão, Scholz citou a relutância de Lindner em aprovar um aumento nos gastos de apoio à Ucrânia e investimentos no futuro da Alemanha como parte do planejamento do orçamento do Estado.

Mais tarde, a mídia alemã relatou que o FDP estava preparando uma decisão para deixar a coalizão governante desde setembro, com membros do partido discutindo o resultado durante uma reunião na Truman Villa em Potsdam, tendo o plano sido apelidado de "Dia D".