JULGAMENTO

Acusado de matar CEO da UnitedHealthcare se declara inocente

Luigi Mangione, suspeito de matar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, se declarou inocente das acusações estaduais de assassinato e terrorismo durante uma audiência em Nova York nesta segunda-feira (23), informou a mídia dos EUA.

Publicado em 23/12/2024 às 19:18
© AP Photo / Gary M. Baranec

Mangione entrou no tribunal de Manhattan algemado e escoltado por um grupo de policiais.

O réu enfrenta 11 acusações em Nova York, incluindo falsificação e porte ilegal de armas de fogo. Segundo a imprensa, ele pode ser condenado à prisão perpétua sem liberdade condicional se for processado pelos tribunais estaduais.

Karen Friedman, advogada de Mangione, revelou estar preocupada durante a audiência sobre seu cliente "obter um julgamento justo", lembrando a presença do prefeito de Nova York, Eric Adams, na semana passada, entre os policiais armados que o receberam para fazer sua extradição da Pensilvânia.

"Ele é um jovem e está sendo tratado como uma bola de pingue-pongue humana por duas jurisdições conflitantes aqui. Ele está sendo tratado como um espetáculo humano", disse a advogada, segundo a mídia.

De acordo com a CNN, o juiz Gregory Carro disse à advogada que o julgamento de seu cliente seria justo e que um "júri cuidadoso" seria selecionado. Friedman pediu esclarecimentos sobre como os processos federais e estaduais funcionariam simultaneamente, chamando a situação de "altamente incomum".

Mangione deve comparecer ao tribunal novamente no dia 2 de fevereiro de 2025. Ele também enfrenta acusações relacionadas à arma de fogo que ele supostamente imprimiu em 3D e à identidade falsa que ele aparentemente carregava quando foi preso pelas autoridades.

Os julgamentos estaduais e federais "ocorrerão em paralelo", de acordo com o gabinete do promotor público de Manhattan. No entanto, o processo estadual começará antes do federal, de acordo com a mídia americana.

Brian Thompson, chefe de uma das maiores seguradoras de saúde dos Estados Unidos, foi morto a tiros ao entrar em um hotel de luxo em Manhattan, um crime que foi registrado por câmeras de segurança.

O atirador fugiu após o ataque, dando início a uma intensa caçada que terminou com a prisão de Mangione em um restaurante de fast-food em Altoona, Pensilvânia.

Entre seus pertences, Mangione carregava uma pistola e documentos falsificados, além de um manifesto escrito à mão com duras críticas ao setor de saúde dos EUA e ataques à UnitedHealthcare e ao sistema capitalista em geral.


Por Sputinik Brasil