Presidente interino da Coreia do Sul promete manter aliança com os EUA
O presidente interino da Coreia do Sul, Han Deok-soo, teve uma conversa telefônica de 16 minutos com o presidente dos EUA, Joe Biden, neste domingo (15), prometendo manter e desenvolver a aliança entre os dois países.
O primeiro-ministro Han Deok-soo se tornou presidente interino depois que o parlamento sul-coreano impugnou o presidente Yoon Suk-yeol no sábado (14) pela imposição da lei marcial em 3 e 4 de dezembro.
"Nosso governo executará nossas políticas diplomáticas e de segurança sem interrupções e trabalhará para garantir que a aliança Coreia do Sul-EUA continue sendo mantida e desenvolvida sem vacilar", disse Han Deok-soo.
Ele enfatizou a importância de fortalecer a estratégia de defesa conjunta da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, inclusive no contexto da cooperação entre Moscou e Pyongyang.
Ele também explicou que todos os assuntos de Estado da Coreia do Sul seriam conduzidos em estrita conformidade com a Constituição e a lei.
Biden agradeceu a Han pelo esclarecimento e observou a resiliência da democracia da Coreia do Sul. Ele disse que a forte aliança entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos permaneceu inalterada e que ele continuaria trabalhando com o lado sul-coreano para desenvolvê-la e fortalecê-la, sublinhando ainda a cooperação entre os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão.
Anteriormente, o parlamento sul-coreano apoiou o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol. Dos 300 legisladores do parlamento sul-coreano, 204 votaram pela remoção do chefe de Estado do cargo, 85 votaram contra, três se abstiveram e oito cédulas foram invalidadas.
Em conexão com a aprovação do impeachment pelo parlamento, os poderes de Yoon Suk-yeol estão temporariamente suspensos, devendo o Tribunal Constitucional decidir sobre a questão da remoção do presidente do cargo. O tribunal terá 180 dias para fazer isso, com o primeiro-ministro Han Deok-soo se tornando chefe de Estado interino até que o veredito final seja emitido. O Tribunal Constitucional começará a analisar a questão na próxima segunda-feira (16). No entanto, de acordo com especialistas da Sputnik, o tribunal precisará de quase todos os seis meses previstos na lei para tomar uma decisão em relação a remover ou restabelecer Yoon como presidente da Coreia do Sul.