ARQUEOLOGIA

Visão do espaço: cientistas russos descobrem novo método de exploração arqueológica

Um novo algoritmo de busca de sítios arqueológicos escondidos pelo uso do solo e pela vegetação sem prospecção de campo com a ajuda de imagens espaciais foi testado experimentalmente por cientistas da Universidade Estatal de Saratov russa.

Publicado em 06/12/2024 às 07:52
Reprodução / Agência Brasil

Os dados abertos de sensoriamento remoto das missões Landsat, Sentinel, WorldView, QuickBird, GeoEye e Maxar contêm uma enorme quantidade de informações.

Elas podem ser usadas para realizar avaliações preliminares do local e localizar possíveis monumentos arquitetônicos, por exemplo, túmulos e outras estruturas até então desconhecidas pela ciência e mal detectadas pelos métodos tradicionais de pesquisa arqueológica.

Exemplos de aplicação da análise multiespectral para a estação ferroviária Krasavka com base nos dados do satélite Sentinel-2.
Exemplos de aplicação da análise multiespectral para a estação ferroviária Krasavka com base nos dados do satélite Sentinel-2.
"Imagine tentar encontrar sítios arqueológicos escondidos no subsolo, sem saber exatamente onde cavar em uma vasta área. A pessoa só pode ver a luz com um comprimento de onda de 380 a 750 nanômetros a olho nu. Podemos usar a 'visão mágica', que nos permite ver o território em outras cores invisíveis ao olho humano", disse um dos autores da pesquisa, Vladimir Danilov.

De acordo com o cientista, com a ajuda de dados modernos de satélite e levando em conta o modelo de solo digital, é possível encontrar sinais da presença de estruturas ou assentamentos ocultos.

Isso permite estreitar significativamente o raio de busca de sítios arqueológicos e reduzir o risco de danos durante o desenvolvimento econômico dos territórios.

De acordo com eles, a abordagem é abrangente e pode ser adaptada para uso em diferentes regiões do mundo, abrindo novas oportunidades para a pesquisa arqueológica em nível global.

O estudo utilizou imagens de satélite de alta resolução disponíveis publicamente, fornecidas pelos programas Sentinel-2 e Landsat, e modelos digitais de terreno derivados de imagens de radar (por exemplo, dados SRTM, Copernicus, ALOS).

Por Sputinik Brasil