Mortes de trabalhadores humanitários bate recorde em 2024, diz ONU
Internacional, Conflito no Oriente Médio, ONU, OCHA, trabalhadores humanitários, Ajuda Humanitária
Mais trabalhadores humanitários foram mortos neste ano do que em qualquer outro ano desde que as contagens começaram, informa o escritório humanitário da ONU nesta sexta-feira (22). A maioria dos trabalhadores humanitários foram mortos no conflito de Gaza.
Até agora, houve 281 mortes de trabalhadores humanitários em 2024, de acordo com o banco de dados Aid Worker Security, que registrou incidentes que datam de 1997, contra 280 em 2023, que detinha o recorde anterior.
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O banco de dados mostrou que 178 foram mortos nos territórios palestinos ocupados, incluindo Gaza. Trata-se do conflito mais mortal para as Nações Unidas. Vinte e cinco foram mortos no Sudão, mostrou o relatório.
"Essas pessoas estão fazendo o trabalho de Deus e estão sendo mortas como resposta. Que diabos?", disse Jens Laerke, porta-voz do Escritório Humanitário da ONU (OCHA), em uma coletiva de imprensa em Genebra.
A maioria das vítimas eram funcionários locais, enquanto 13 deles eram trabalhadores humanitários internacionais, acrescentou.
Os trabalhadores humanitários gozam de proteção de acordo com a lei humanitária internacional, mas os especialistas citam poucos precedentes de casos desse tipo que vão a julgamento, com preocupações sobre a garantia de acesso futuro para grupos humanitários e a dificuldade de provar a intenção citada como impedimentos.
"Essa violência é inaceitável e devastadora para as operações de ajuda", disse o chefe de ajuda da ONU, Tom Fletcher, em um comunicado.
"Os Estados e as partes em conflito devem proteger os humanitários, defender o direito internacional, processar os responsáveis e dar um basta a essa era de impunidade", disse ele.
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