Rogério Andrade começa a cumprir pena no Mato Grosso do Sul
Justiça, Rogério Andrade, presídio federal, Segurança Pública
Depois de preso por 14 dias na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, no complexo penitenciário de Gericinó, zona oeste do Rio, por decisão judicial, o contraventor Rogério Costa de Andrade e Silva foi transferido na manhã desta terça-feira ( 12), por volta das 9h, para o Aeroporto Internacional do Galeão e entregue à Polícia Penal Federal, que o escoltou de avião para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a operação conto com o apoio de quatro viaturas do Grupamento de Intervenção Tática (GIT) e do Grupamento de Serviço de Segurança Externa da instituição, que escoltaram o contraventor até o Aeroporto Internacional do Galeão , onde foi entregue às autoridades da Polícia Federal, onde embarcou um avião da PF com destino à penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, onde ficará à disposição da Justiça.
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O contraventor Rogério de Andrade foi preso no dia 29 de outubro último, durante a Operação Último Ato, realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), com o apoio do Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Rogério foi preso em uma casa onde mora em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
O mandado de prisão foi expedido pelo Juízo da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e cumprido na Barra da Tijuca. Rogério foi denunciado à Justiça pela morte de Fernando de Miranda Ignaccio, no dia 10 de novembro de 2020, no estacionamento do heliporto Helimar, no Recreio dos Bandeirantes. Ignaccio foi morto com três tiros de fuzil, em uma emboscada, após chegar de presidente de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio. Como fazia semanalmente, Fernando retornava da casa da praia de Angra, sempre às segundas-feiras e não utilizava seguranças. Os assassinos se esconderam num terreno que fica ao lado do heliporto e atingiram Fernando Ignácio, quando ele estava chegando ao carro.
Em março de 2021, o MPRJ já tinha denunciado Rogério pelo mesmo crime, mas em fevereiro de 2022, a ação penal contra o contraventor foi trancada em decisão, por maioria de votos, da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que alegou falta de provas que demonstrem seu envolvimento no crime como mandante.
Fernando Iggnacio e Rogério de Andrade eram, respectivamente, gênero e sobrinho do contraventor Castor de Andrade, que morreu de infarto em 1997. Com a morte de Castor, a disputa pelo comando do jogo do bicho e das máquinas-níqueis na zona oeste do O Rio de Janeiro deixou mais de 50 mortos de ambos os lados.
A decisão judicial que determinou a prisão de Rogério Andrade constam como motivos para que o contraventor fosse transferido para um presídio federal de segurança máxima, a alta periculosidade do contraventor e de ser chefe de um grupo criminoso. A Justiça enumerou entre eles homicídios, corrupção, contravenção e lavagem de dinheiro.