Após hesitar na abertura, dólar sobe em meio à cautela por risco fiscal nos EUA e Brasil
O dólar oscilou entre margens estreitas nos primeiros negócios desta terça-feira, 22, mas adotava alta leve ante o real por volta das 9h40. A liquidez está reduzida e persiste cautela com déficits fiscais no Brasil e também nos EUA, na esteira das promessas de corte de impostos dos candidatos à Casa Branca. Os rendimentos dos Treasuries e o dólar têm alívio moderado nesta manhã.
Lá fora, persistem incertezas sobre o desfecho das eleições nos EUA e percepção de pouco espaço para corte de juros do Fed diante ainda da economia resiliente no país. Investidores aguardando discursos de dirigentes de bancos centrais.
Os dados de arrecadação federal de setembro no Brasil serão acompanhados também às 10h30, em ambiente de desconforto fiscal e com a inflação desancorada. A mediana de arrecadação esperada é de R$ 201,50 bilhões em setembro, após R$ 201,622 bilhões em agosto - um ganho real anual de cerca de 10,7%, ajustado pelo IPCA. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também concede entrevista à CNBC (13h) e realiza palestra em evento organizado pelo G20 e BIS, em Washington (17h10).
A equipe econômica ganhou reforço no Congresso na defesa da revisão dos pisos da educação e da saúde, mas a ideia de enviar uma PEC sobre o tema perdeu tração no governo e não deve ser incluída no pacote de revisão de gastos orçamentários este ano. A mudança é necessária ou o chefe do Executivo, a partir de 2031, não terá "a menor margem para governar o País", diz o relator do Projeto da LDO de 2025, senador Confúcio Moura (MDB).
Às 9h43, o dólar à vista subia 0,35%, a R$ 5,7106. O dólar para novembro ganhava 0,28%, a R$ 5,7170. O juro da T-note 2 anos estava a 4,026%, de 4,025% no fim da tarde anterior; o da T-Note 10 anos cedia a 4,182%, de 4,190%; e o do T-Bond 30 anos recuava 4,482%, de 4,498%.