CAE determina que, em sabatina de Galípolo, ninguém ficará de pé e servidores são barrados
Um pequeno grupo de servidores do Banco Central ficou impedido de entrar na sala da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde ocorrerá, a partir das 10 horas, a sabatina de Gabriel Galípolo. Ele é diretor de Política Monetária do BC e indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para comandar a instituição a partir de 2025 se passar hoje pelo crivo dos senadores, o que é considerado uma tarefa já cumprida entre os parlamentares.
A Polícia Federal fez uma varredura no local mais cedo e apenas jornalistas credenciados, assessores parlamentares e senadores podem entrar na sala. O corredor que dá acesso à CAE foi bloqueado alguns metros antes da porta para que haja identificação dos participantes. Fotógrafos da imprensa estão nesse ponto.
A segurança informa aos que chegaram que não há mais locais disponíveis e o gabinete do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que preside a CAE, providenciou uma sala próxima (plenário 3) para exibir a sabatina por um telão aos interessados. Segundo a segurança, Galípolo já está em deslocamento para a CAE.
Servidores disseram à reportagem, porém, que gostariam de acompanhar a "entrevista" in loco.
O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que foi determinado que ninguém poderia participar da sabatina em pé, o que não ocorreu em outras ocasiões, quando a sala da CAE sempre ficava lotada.
Por informações obtidas pela reportagem, Galípolo entrará no local pela porta do fundo do Congresso, que é próxima à sala da comissão.
Jornalistas também impedidos de deixar sala da CAE
A segurança do Senado determinou que o corredor por onde Gabriel Galípolo vai passar para chegar à sala da CAE tem de estar vazio. Jornalistas presentes na sala não podem deixar o local, um rito incomum em casos de sabatinas na Casa.
A segurança montou uma barreira a poucos metros da entrada, onde fotojornalistas estão a postos.