Delegada revela que perícia descarta abuso sexual em paciente que estava em clínica de reabilitação
A delegada Rosimeire Vieira revelou que o laudo preliminar da perícia realizado em Dionísio Souza da Silva, morto na UPA do Tabuleiro do Martins, na terça-feira, 10, afirma que não existem vestígios de que ele tenha sido vítima de violência. A família dele registrou um Boletim de Ocorrência, afirmando que ele sofrei abuso sexual e maus tratos em uma clínica de reabilitação onde estava internado por problemas com alcoolismo.
“Em contato com o médico legista, responsável pela necropsia do cadáver, ele afirma que a causa morte foi falência múltipla dos órgãos, em decorrência de um quadro grave de cirrose hepática. Questionado sobre a informação de que essa vítima recebeu abuso de ordem sexual, o perito afirma que não existem vestígios de que esse homem tenha sido vítima de violência", revela.
"Outro questionamento foi com relação às possíveis lesões, o espancamento que o boletim e a unidade informam, ele disse que não tem como afirmar se foi decorrente de maus-tratos, mas sugeriu que dentro do próprio quadro clínico em que o paciente apresentava, pode ocorrer esse tipo de roxidão pelo corpo”, disse a delegada, em entrevista à TV Pajuçara.
Agentes da PC estiveram na clínica de reabilitação no conjunto Village Campestre, na Cidade Universitária, para conhecer as dependências e conversar com a equipe e as pessoas que dividiam quarto com Dionízio.
“Estivemos na clínica para conversar com as pessoas com quem ele convivia no quarto, sobre o que narra o Boletim de Ocorrência feito pela família, e também oficializamos a unidade e solicitamos o prontuário médico do paciente”.
Familiares da vítima foram ouvidos e o próximo passo será tomar o depoimento dos funcionários da clínica. “Pedimos urgência no laudo e estamos inquirindo as pessoas já ouvidas, solicitando as informações, para concluir a investigação”, concluiu Rosimeire.
Dionísio estava internado há um mês na clínica por problemas de alcoolismo.