Ronaldo Medeiros destaca pesquisa do DataSenado sobre fake news
O resultado da pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, do Senado Federal, que revela o que pensa o brasileiro sobre fake news foi tema do pronunciamento do deputado Ronaldo Medeiros (PT) durante a sessão ordinária desta terça-feira, 20. Segundo a pesquisa, que foi realizada entre 5 e 28 de junho de 2024 e ouviu 21.808 brasileiros de todas as regiões do País, 72% dos usuários de redes sociais afirmaram que já receberam notícias com suspeita de serem falsas, nos últimos seis meses. Outros 81% consideram que as fake news podem influenciar nos resultados das eleições. “De acordo com a pesquisa do Senado Federal, 94% dos alagoanos usam redes sociais. Essa é a mesma média nacional. Nos últimos seis meses 64% dos alagoanos receberam alguma notícia que julgam ser falsa. Isso é algo alarmante”, avalia o petista.
Ronaldo Medeiros é favorável a aprovação de uma lei que combata a veiculação de notícias falsas no Brasil, pois no entendimento do parlamentar quanto maior a agressividade da fake news, maior sua distribuição pelas empresas detentoras das redes sociais. “Elas (empresas) querem audiências e acessos em as redes, mesmo que o conteúdo divulgado seja falso. E 82% dos alagoanos acham que as plataformas devem ser responsabilizadas pelo conteúdo falso”, informou Medeiros, destacando a importância de se discutir o tema, tendo em vista que a maioria dos alagoanos é de opinião que as fake news influenciam no resultado das eleições.
“Ora, se as mentiras influenciam, e muito, nas eleições, isso quer dizer que quem divulgar mais fake news tem a probabilidade de obter mais votos. E essa Casa e o Congresso Nacional, principalmente este último a quem cabe legislar sobre essa matéria, tem que agir energicamente”, observa Ronaldo Medeiros, pois, complementa o parlamentar, não se pode deixar que as fake news cheguem a decidir sobre temas como as eleições. Em aparte, o deputado Cabo Bebeto (PL) discordou de Medeiros por entender que no Brasil já existe responsabilização para aquele que pratica o crime de fake news. “E o brasileiro sabe que o remédio para isso é a Justiça para fazer essa reparação”, rebateu Bebeto.